Cooperado, você já sabe que a sua participação na Uniodonto Goiânia vai além de ser um cirurgião-dentista associado a uma cooperativa. Você compõe uma organização baseada em princípios sólidos e, entre eles, está o da Autonomia e Independência, o quarto princípio cooperativista. Ele assegura que a cooperativa opere livre de interferências externas, sejam de governos, empresas ou de outros grupos.
“A autonomia não é um conceito abstrato. Ela se concretiza quando cada cooperado ocupa seu lugar, participa e se informa para que a Cooperativa cresça sem perder o foco. Ao participar das reuniões, se informar sobre as ações estratégicas e acompanhar a gestão, você fortalece esse princípio”, destaca o vice-presidente da Uniodonto Goiânia, Fernando Georgeo.
Enquanto empresas tradicionais podem ser adquiridas ou influenciadas por acionistas externos, nas cooperativas, o poder permanece distribuído igualitariamente entre os membros. Isso cria resiliência: mesmo em crises econômicas, as decisões são tomadas por quem vive o dia a dia da organização.
Como funciona na prática
Na prática, o princípio da Autonomia e Independência se traduz em três pilares:
-Controle decisório pelos cooperados: Todas as escolhas estratégicas, desde investimentos até parcerias, são aprovadas em assembleias por votação democrática.
-Gestão transparente: Os recursos são aplicados conforme deliberado coletivamente, com prestação de contas regular aos membros.
-Liberdade de associação: As cooperativas podem integrar redes ou sistemas maiores, desde que mantenham sua identidade e autonomia.
Um exemplo é a captação de empréstimos pelas cooperativas. Embora possam buscar financiamento externo, as condições devem garantir que os cooperados continuem dirigindo a organização, sem que credores influenciem decisões operacionais. E os sócios são corresponsáveis por manter a autonomia e a independência do negócio.
Parcerias sim, dependência não
Cooperativas estabelecem alianças com instituições públicas e privadas para expandir sua atuação. No entanto, tais acordos precisam respeitar cláusulas que protejam a autogestão. Contratos em geral não podem incluir condições que limitem a soberania dos cooperados sobre processos administrativos.
De outro lado, é um equívoco associar autonomia à falta de regulamentação. Cooperativas devem cumprir leis trabalhistas, tributárias e setoriais, como qualquer empresa. A diferença está na liberdade para definir seu modelo de gestão, sem intervenção externa em questões administrativas.
Na Uniodonto Goiânia, por exemplo, são os cooperados que decidem anualmente como serão reinvestidos os excedentes, garantindo que os recursos beneficiem diretamente o coletivo. Sem interferências externas e de forma que garanta a independência. O resultado é uma organização que cresce sem perder o seu propósito original: valorizar o trabalho dos cirurgiões-dentistas cooperados e oferecer atendimento de excelência aos beneficiários.