Em maio, quando se fala em prevenção ao tabagismo com o Dia Mundial de Combate ao Tabagismo (31/05), o alerta para o cuidado com feridas que não cicatrizam ganha força, porque o vício pode levar à ocorrência de lesões na boca que precisam ser diagnosticadas corretamente. Casos de câncer, se não tratados precocemente, podem ser fatais. Por isso, para os cirurgiões-dentistas, além de identificar o problema, é preciso saber quando indicar aos pacientes a avaliação de especialistas, como o patologista oral.
Cerca de 15 mil novos casos de câncer de boca são diagnosticados por ano no Brasil, a maioria deles em fumantes e acima de 40 anos. Os sinais e sintomas estão atrelados a feridas ou manchas na boca que não cicatrizam há mais de 15 dias, ou a caroços e ínguas no pescoço, já em estágios mais avançados da doença. Somente em Goiás, em 2023, o câncer bucal causou a morte de 224 pessoas, conforme dados da Secretaria Estadual de Saúde (SES).
“Infelizmente, são dados que nos assustam e tornam nosso trabalho ainda mais importante para o bem-estar e saúde integral da população. Por isso, a Cooperativa faz esse trabalho de alerta por diversos meios de comunicação”, destaca o presidente da Uniodonto Goiânia, Fábio Prudente. De acordo com a cooperada especialista e doutora em Patologia Oral e Maxilofacial, Tessa Botelho, uma das maiores dificuldades na luta contra o câncer bucal está justamente na busca pelo diagnóstico precoce.
“A maioria da população não sabe qual profissional procurar quando detectam alterações na boca. Torna-se fundamental informar a todos que este diagnóstico é área de competência do cirurgião-dentista, principalmente pela atuação da especialidade de Patologia Oral e Maxilofacial”, destaca Dra. Tessa Botelho.
